Desde 15/02, as quintas-feiras à noite têm sido especiais no Jardim Lutzenberger da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). Para aproveitar os dias ainda quentes do verão e início do outono e curtir o espaço ao máximo, a CCMQ, juntamente com o Instituto Estadual de Cinema (IECine) e a Cinemateca Paulo Amorim, lançou o projeto Curta no Jardim: audiovisual ao ar livre.

A primeira parte da programação, que ocorreu de 15/02 a 07/03, teve como parceira a Fundação Vera Chaves Barcellos (FVCB). Nas quatro quintas-feiras, foram exibidos vídeos de artistas que integram o acervo de videoarte da instituição. A curadoria foi de Arthur Bonfim Carmo e Bruna Martin. Os eventos foram um sucesso, reunindo um público de mais de 60 pessoas por noite.

Agora, a partir do dia 14/03, o público é convidado a participar do segundo bloco de filmes do Curta no Jardim, com curadoria de Mônica Kanitz, diretora da Cinemateca Paulo Amorim, que mergulhou nos arquivos que compõem o acervo do Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira.

“O recorte proposto para esta segunda etapa da programação procura oferecer um panorama do riquíssimo acervo do Cine Esquema Novo e que revela muito sobre o Brasil e suas inquietações. São filmes que dão voz às minorias, que pensam o universo do trabalho, que refletem sobre as nossas origens e tratam das relações com o mundo virtual; também trazem personagens que sofrem, que amam e que precisam superar os limites impostos pelo seu cotidiano e pelas convenções sociais”, explica Kanitz.

A programação das quatro noites foi dividida em narrativas, personagens, reflexões e jornadas, e ao longo do programa o público terá a oportunidade de conhecer o trabalho de artistas representativos do audiovisual, seja no cinema ou nas artes visuais, feito no Rio Grande do Sul e em outros estados, incluindo Paraná, Mato Grosso, Pernambuco, Ceará, Rio e São Paulo.

Para Germana Konrath, diretora da CCMQ, o projeto Curta no Jardim busca “ofertar um espaço de exibição e diálogo com produções experimentais, recentes, fora da cena comercial, em um local aberto e agradável, proporcionando outro tipo de fruição estética aos mais diversos públicos da Casa de Cultura”.

As sessões são gratuitas e sem inscrições prévias. O público está convidado a levar cadeiras de praia para curtir as projeções que começam sempre às 19h30 e têm duração aproximada de 30 a 45 minutos.

Além da projeção dos filmes, o parceiro comercial da CCMQ, Lola Bar terá ponto de venda efêmero no local, com pipoca e bebidas, a fim de atender o público participante.

A CCMQ, o IECine e a Cinemateca Paulo Amorim são instituições ligadas à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). Este projeto é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, conta com o patrocínio direto do Banrisul, Patrocínio Ventos do Sul; apoio Banco Topázio, DLL, Navegação Aliança, Tintas Renner; e realização do Ministério da Cultura – Governo Federal.

Serviço
Curta no Jardim: audiovisual ao ar livre – Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira
Quintas-feiras, a partir de 14/03
Horário: 19h30
Evento gratuito, sem inscrições prévias

Programação Curta no Jardim – Acervo CEN, com curadoria do Mônica Kanitz  

14/03 – Narrativas contemporâneas
Sobre um dia qualquer, de Leonardo Remor
Vidas Inventadas de Amélia Aragão, de Luiza Quental
Eu não sou um robô, de Gabriela Lamas

21/03 – Jornadas existenciais
Nome de Batismo Alice, de Tila Chitunda
Galinhas no Porto, de Caioz e Luís Henrique Leal

28/03 – Personagens marcantes
Majur, de Iris Alves Lacerda
Bicha-bomba, de Renan de Cillo
O mundo é redondo pra ninguém se esconder nos cantos – Parte I: Refúgio, de Leandro Goddinho

04/04 – Reflexões essenciais
Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo
Ser Feliz No Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos
Nada É, de Yuri Firmeza

Sobre o Cine Esquema Novo
O Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira surgiu em Porto Alegre em 2003 como uma janela de visibilidade e reflexão para obras que, devido às suas narrativas inovadoras, não encontravam espaço para circulação no Brasil. Desde então, o festival vem derrubando as barreiras simbólicas e experienciais entre o cinema e as artes visuais, exibindo e discutindo a diversidade e a fusão de gêneros, formatos e linguagens da produção audiovisual brasileira contemporânea, relacionando obras em diferentes espaços como a sala de cinema, galerias, museus, internet, espaços urbanos com projeções, videoinstalações e performances audiovisuais. Em 2024, o festival chegará a sua 15ª edição.

Sobre o Acervo do Cine Esquema Novo
Pensando na preservação do audiovisual e na reflexão sobre obras de diversas estéticas, temáticas, conceitos e espaços, o festival criou o Acervo CEN com o intuito de instigar artistas e público a repensarem suas próprias experiências através do audiovisual. Com obras exibidas desde a primeira edição do festival, em 2003, quando buscava ser janela de exibição para trabalhos inovadores, ousados, disruptivos, e que tinham no suporte digital a ferramenta ideal para a experimentação – ainda que a mesma ocorresse também em películas super 8 e 16 e 35mm, chegando a obras exibidas na edição mais recente do festival, que hoje se configura por estabelecer o diálogo entre cinema e artes visuais, o acervo é composto por obras que percorrem duas décadas da produção audiovisual independente brasileira.

Desde 2022, o Acervo CEN vem sendo trazido ao público através de mostras especiais. Parte do acervo, com obras das primeiras edições do festival, está depositado na Cinemateca Capitólio.O programa Curta no Jardim, com curadoria de Mônica Kanitz e promovido pela Casa de Cultura Mario Quintana, apresenta pela primeira vez uma curadoria externa ao CEN, que acessa as obras e propõe uma programação fora do contexto do festival.

Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira
Direção, curadoria e produção: Jaqueline Beltrame
Coordenação de programação e curadoria: Ramiro Azevedo
Curadoria Curta no Jardim – Acervo CEN: Mônica Kanitz
Produção: Carolina Bouvie Grippa